OESP, Economia, p. B9
15 de Mar de 2007
Usina do Madeira: leilão sai até julho
Governo espera que Ibama libere hoje a licença ambiental para conceder a Hidrelétrica de Santo Antônio
Leonardo Goy
O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, informou ontem que, entre junho e julho, o governo pretende leiloar a concessão, para construção e operação, da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia.
Com 3.150 megawatts (MW) de potência, essa hidrelétrica é um dos dois projetos do Complexo do Rio Madeira e uma das prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área energética.
A outra usina do complexo, Jirau, deverá ser leiloada em 2008. Com as duas usinas, o complexo terá, quando concluído, capacidade de produzir 6.450 MW, cerca de metade da potência de Itaipu.
Para leiloar as usinas, o governo depende da licença ambiental prévia do Ibama. Rondeau reiterou ontem, antes de participar de audiência na Câmara dos Deputados para falar do PAC, que a expectativa do governo é de que a licença ambiental do complexo saia hoje.
O leilão da usina de Santo Antonio deverá ser realizado separadamente de outros leilões de energia nova (de novas usinas) marcados para este ano. Em relação a dois desses outros leilões, inicialmente marcados para maio, o ministro esclareceu que o governo decidiu adiá-los para junho a fim de dar mais tempo para que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) analise os projetos inscritos.
Rondeau ressalvou que o leilão de energia produzida a partir de fontes alternativas - como usinas de biomassa ou centrais eólicas - permanece agendado para 24 de maio. Nos leilões de energia nova adiados para junho, serão disputados contratos de venda de energia que deverá começar a ser entregue a partir de 2010 ou de 2012.
Na audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara, Rondeau anunciou ainda a realização de três leilões de novos projetos de linhas de transmissão neste ano.
Ao todo, serão licitados 4.207 quilômetros de novas linhas. O primeiro leilão deverá ocorrer em junho, quando serão oferecidos 373 quilômetros de novas linhas.Segundo o ministro, a estimativa do governo é que as empresas que arrematarem esses projetos deverão investir cerca de R$ 255 milhões na sua execução.
O segundo leilão está programado para outubro. Na ocasião, serão oferecidos 1.811 quilômetros de novas linhas, incluindo a interligação Tucuruí/Macapá/Manaus. A expectativa do governo é de que a construção das linhas desse leilão demandará R$ 3,4 bilhões em investimentos.
O terceiro e último leilão do ano deverá ocorrer em novembro, quando serão oferecidos às empresas interessadas 2.023 quilômetros, com investimento calculado em R$ 1,2 bilhão.
OESP, 15/03/2007, Economia, p. B9
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