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Comércio mundial de etanol vai aumentar seis vezes até 2015

FSP, Dinheiro, p. B18
12 de Nov de 2006

Comércio mundial de etanol vai aumentar seis vezes até 2015
Países latino-americanos, liderados pelo Brasil, devem registrar um superávit de mais de 6 bilhões de litros, prevê empresa de pesquisa sobre açúcar

DA BLOOMBERG

O comércio mundial de etanol crescerá seis vezes até 2015, com uma estimativa de superávit produtivo nas Américas e de déficit na UE (União Européia) e na Ásia, disse Christopher Berg, vice-diretor da empresa de pesquisa sobre açúcar F.O. Licht GmbH.
O bloco europeu deverá importar mais de 3 bilhões de litros de etanol até 2015. No momento, os seus países-membros importam 500 milhões de litros, afirmou Berg na semana ada, durante a Conferência Mundial do Etanol, organizada pela F.O. Licht em Amsterdã (Holanda).
As nações latino-americanas, lideradas pelo Brasil, devem registrar um superávit de mais de 6 bilhões de litros de etanol até o ano de 2015. A maior parte dessa produção será exportada predominantemente para os países dos continentes europeu e asiático.
A África deve registrar um superávit até 2014, num momento em que deslancha a produção de etanol de países como Moçambique e África do Sul, disse Berg.
O interesse por parte dos governos mundiais nos biocombustíveis, produzidos a partir do milho, da cana-de-açúcar ou de óleos vegetais, é motivado pelo desejo de substituir a utilização dos combustíveis fósseis, restringir a emissão dos gases causadores do efeito estufa e dar respaldo aos setores agrícolas locais.
Programas de subsídio são os principais impulsionadores do crescimento desse setor, especialmente na Europa, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), que tem sua sede em Paris.
A produção mundial de biocombustíveis ficou em 20 milhões de toneladas no ano ado, representando 1% do mercado mundial de combustíveis destinados a abastecer meios de transporte, de acordo com levantamento realizado pela AIE.
A União Européia pretende contar com 5,75% de biocombustível em todos os combustíveis automotivos comercializados em seu território até 2010. A maior parte dos países-membros do bloco europeu estão implementando essas metas por meio de subsídios e de outros programas fiscais de apoio ao setor.
Até 2007, a Alemanha introduzirá a mistura compulsória em combustíveis automotivos de 2% para o etanol e de 5% para o biodiesel. A adoção da mistura compulsória gerará um déficit de etanol na região, afirmou Berg.

FSP, 12/11/2006, Dinheiro, p. B18

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