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BNDES estuda participação acionária em usinas do rio Madeira, diz diretor do banco

FSP, Dinheiro, p. B3
26 de Jun de 2007

BNDES estuda participação acionária em usinas do rio Madeira, diz diretor do banco

Da sucursal do Rio

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) poderá se tornar sócio das duas usinas do rio Madeira, de acordo com as condições de gestão e de rentabilidade do projeto, afirmou o diretor de Infra-Estrutura do banco, Wagner Bittencourt. Cada usina demandará investimentos de cerca de R$ 10 bilhões.
O banco estuda financiar o projeto em até 85% do seu custo, segundo o executivo.
Para aprovar o apoio, diz, o BNDES aguarda o resultado do leilão que definirá quais grupos terão a concessão das usinas. Se a licença ambiental sair neste mês, o leilão deve acontecer em setembro.
A estatal Furnas e a construtura Odebrecht já anunciaram participarão na oferta. As duas empresas idealizaram o projeto e desenvolveram os estudos técnicos e ambientais, com investimentos de R$ 150 milhões.
Wagner espera que até o final do ano o financiamento para a usina esteja aprovado.
"Já apresentamos quais são as condições que, se solicitado, o banco financiará o projeto", disse Bittencourt.
Do plano decenal do governo (2006-2011) de elevar a geração de energia hidrelétrica em 31,2 mil MW, o BNDES já aprovou 15% do total em 2006 (4.539 MW). O banco espera chegar ao final do ano com financiamentos a 27% do plano (3.792 MW). O percentual pode subir para 37% se o empréstimo para as usinas do rio Madeira sair.
Previstas para entrar em operação em 2012, as usinas de Santo Antonio (3.150 MW) e Jirau (3.300 MW) são apontadas como indispensáveis para reduzir o risco de racionamento.
Atualmente, a capacidade instalada de geração hidrelétrica do país é da ordem de 75 mil MW. Cada 1.000 MW são suficientes para abastecer 20 mil consumidores (indústrias, comércios e residências).
O diretor da área de energia da Odebrecht, Henrique Valladares, disse que a companhia e Furnas buscam sócios para o projeto a fim de formar um consórcio para disputar o leilão. Já está definido, diz, que a participação de Furnas ficará limitada a 49%, teto estabelecido pelo governo.
Segundo ele, os bancos Santander e Banif já constituíram um fundo "private equity" para atrair investidores interessados em participar acionariamente do empreendimento.
(PEDRO SOARES)

FSP, 26/06/2007, Dinheiro, p. B3

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2606200707.htm

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