GM, Energia, p. A6
20 de Jan de 2005
Biodiesel deslancha no Maranhão
O projeto da empresa Brasil Ecodiesel para produção de biodiesel a partir da mamona no Maranhão já cadastrou 2.500 famílias de agricultores nos municípios de Balsas, Colinas, São Domingos, São João dos Patos, Paraibano e Fortuna. A meta para este ano é plantar 10 mil hectares, atingindo a produção de 500 quilos por hectare que, segundo a empresa, é a produtividade média estimada.
As informações foram dadas por Arlindo Pereira, gerente da empresa, à secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Conceição Andrade. Ele disse também que cada produtor rural cadastrado recebeu sementes de mamona e de feijão, para fazer o plantio em forma de consórcio; a assistência técnica direcionada para o projeto e equipamentos para executarem a plantação.
De acordo com Pereira, cada produtor deve receber R$ 0,55 por quilo de mamona produzido, sendo que no projeto, quanto maior a produtividade, maior será o preço do quilo de mamona. "Por exemplo, se o produtor colher acima de 500 quilos deve receber R$ 0,60 por quilo e assim por diante. No caso do feijão o produtor poderá vender da forma que achar melhor e para quem desejar. Nós só precisamos da mamona, garantindo a compra de toda a produção", disse o gerente da Brasil Ecodiesel.
A primeira safra de mamona está prevista para os próximos meses de julho e agosto. Segundo Pereira, a usina de biodiesel para processamento da mamona deve ser implantada até o mês de dezembro de 2005, mas a sua localização ainda não está definida.
Mato Grosso do Sul
Durante a visita que fará ao Mato Grosso do Sul, na segunda quinzena de fevereiro próximo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará da de convênio entre o governo daquele estado e a Petrobras pelo qual a estatal se compromete a incentivar a produção de biodiesel em terras matogrossenses. Anteontem, Ildo Sauer e Paulo Roberto Costa, diretores de Gás e Energia e de Abastecimento da Petrobras, reuniram-se com o governador em exercício do Mato Grosso do Sul, Egon Krakhecke, para discutirem a formalização do acordo
O Mato Grosso do Sul já conta com um programa de biodiesel, que tem a participação do Seplanct e do Fundect - braço estadual para o financiamento de pesquisas científicas. Esses órgãos apóiam os cientistas que estão desenvolvendo tecnologias para a produção do biocombustível. De acordo com o Seplanct, as pesquisas estão concentradas na produção do biodiesel através do nabo forrageiro como matéria-prima. Na reunião, Krakhecke e os diretores da Petrobras foi discutido o uso da mamona e da soja como alternativas.
GM, 20/01/2005, Energia, p. A6
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